Os Formatos para Áudio Digital
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Áudio Digital
Você certamente já ouviu falar em discos de vinil e fitas cassete. Até cerca de
25 anos atrás, estes meios eram os mais
comuns para gravação e reprodução de músicas. Eles só começaram a ser substituídos com
a invenção do CD (Compact Disk) no
final da década de 70, século passado. De 1977 a 1980 a Philips e a Sony se uniram para
desenvolver o que seria o
CD atual, uma mídia de dados que utiliza laser para ler a informação gravada. O próprio
CD já está sendo substituído por outras
mídias, principalmente os cartões de memória tipo pendriver.
Fig 1
A grande diferença entre o CD e cartões de memória e os formatos anteriores está
na tecnologia empregada. O disco de vinil e
a fita cassete eram meios analógicos de gravação e reprodução, enquanto o CD ou pendriver,
utilizam a técnica digital.
No vinil, a trilha sonora é gravada mecanicamente em sucos impressos no disco. A
reprodução é feita por uma agulha mecânica
(as melhores eram com ponta de diamante) que inserida no suco, capta as vibrações e
as transforma em sinal elétrico que posteriormente
é amplificado.
Na fita cassete, a gravação é feita em um filme plástico com uma fina camada de
material ferromagnético. O sinal gravado é uma
sequência de campos magnéticos de intensidades diferentes. Para reproduzir, um cabeçote
sensível a campo magnético capta esta
variação de campo e transforma em sinal elétrico a ser amplificado.
Já no CD, a técnica é digital e totalmente diferente das anteriores. A trilha sonora
é gravada digitalmente no CD em pequenos
vales e picos numa matriz de alumínio. Ao se iluminar esta matriz com uma luz lazer,
extremamente fina, acontece uma modulação
neste sinal lazer que corresponde aos bits da gravação digital da trilha sonora.
No pendriver a gravação é feita diretamente na memória do dispositivo.
Quem é Melhor? Analógico ou Digital?
Esta discussão é eterna e provavelmente nunca chegaremos a uma resposta. O sistema
analógico tem a vantagem de ser bastante
fiel ao sinal original, já que ele não é discretizado, como acontece no sistema digital.
Por outro lado, sistemas analógicos,
via de regra, inserem ruido e distorção no sinal, durante o processo de captação nas
agulhas ou cabeçotes magnéticos. É verdade
que foram desenvolvidos verdadeiras obras primas da engenharia para minimizar este problema
mas são soluções bem caras.
Já no processo digital, teoricamente, uma vez gravada a informação na mídia, ela
pode ser recuperada indefinidamente e
praticamente sem erros em relação à informação gravada. Porém o processo digital implica
em discretizar o sinal e sempre se perde
alguma informação. Além disto, durante a reprodução é introduzido um ruído devido à
discretização do sinal. Outra desvantagem do
sistema digital é o tamanho dos arquivos. Uma música de 4 minutos, por exemplo, pode
facilmente chegar a 5Mbytes de dados. Esta
desvantagem está sendo minimizada com a redução drástica do custo de memória que está
ocorrendo nos últimos anos.
Sem dúvidas o sistema digital é o futuro e o analógico já está restrito a nichos
muito específicos quando se procura
excelência em algumas características do áudio.
Padrões de Gravação Digital
Já foram desenvolvidos alguns padrões de gravação e reprodução para mídia digital
exclusiva para áudio. Estes padrões podem
ser separados entre compactados e não compactados.
Nos padrões não compactados, o sinal original é digitalizado e armazenado na mídia,
contendo todas as informações originais
coletadas durante a digitalização. São os formatos mais féis ao som original
Já nos padrões compactados, justamente para reduzir o tamanho dos arquivos a serem
armazenados, o sinal original é
digitalizado e o resultado compactado de forma semelhante à compactação de arquivos
no computador. O problema é que este processo
de compactação nunca é perfeito e sempre se perde alguma informação do som original.
A compactação de áudio se vale de algumas
características do ouvido humano para minimizar as perdas de informação durante o processo
de compactação. Sons mais baixos ou
em frequências não percebidas pelo ouvido humano podem ser descartados para minimizar
o tamanho do arquivo final. Mas a verdade
é que não precisa nem ser um ouvido muito treinado para perceber perdas e distorções
acrescentadas durante a compactação do
arquivo de áudio.
Nesta série sobre áudio digital do eletronPi vamos discutir a fundo alguns destes
padrões digitais.
Você pode se interessar por:
História da Eletrônica.
Digitalização de Sinais.
Curso de Eletrônica Básica do eletronPi.